sábado, 5 de junho de 2010

Two

Então, pra tudo existe duas visões: a de quem esta dentro e a de quem está fora. De quem está dentro visão insana, egoísta. Visão de quem está fora geralmente mais sensata, mais ampla.  Pessoas sensatas e pessoas insanas. Maduras e imaturas. As que respiram e pensam, e as que agem num impulso momentâneo e fazem. E eu não preciso dizer em qual grupo estou. Depois de uma avaliação de alguém mais sensato até você melhorar, eu ousaria dizer que você se torna até um pouco positiva. Um pouco. Mas também, me pego pensando até que ponto isso não seria conformismo ou ilusão. Até que ponto ver a coisa toda desse foco não é de fato se enganar? Conheço gente que apela pra búzios, pra cartas de tarô e acredita naquilo, e faz toda força do mundo para acreditar naquilo. Ai entra a fé. Até que ponto você tem fé? Onde esta o limite entre sua fé, seu ceticismo e a realidade? A gente simplesmente crê e não vacila. Ou vacila, mas continua crendo. Mas é essa fé, daquelas bem forte que faz a gente acreditar no novo, que faz a gente apostar que de uma forma ou de outra as coisas serão como queremos. Sim, nossa fé também é egoísta. O novo bom, o novo certo, claro que é do jeito que a gente quer. E a gente acredita e continua. Com fé. Porque tem coisa mais destrutiva do que insistir sem fé alguma? E não falo em fé ligando diretamente a uma religião, você pode ter fé que o monstro verde que mora no interior da terra irá comer todos os teus problemas. O monstro é seu e a fé muito mais! Uma das coisas que mais tenho tentado apreender é ser humilde. A engolir os não’s que a vida me enfia sem vomitar. A ser desprezada, chorar como uma criança e acordar, ter fé e continuar. E há ter paciência e saber esperar. Me esforço todos os dias para ter paciência. Para tentar entender que o meu tempo não é o tempo do mundo. Há pessoas mais lentas. Nem todas têm essa ânsia e essa ansiedade. Nem todas têm esse desespero contido de que se não for agora não será em tempo algum. E a gente exercita a paciência e se fere com isso. Auto flagelação. Quase nunca consigo é verdade. Mas a tentativa pelo simples ato de tentar já deve servir de alguma coisa. Deve valer algum ponto em algum lugar, no destino, no céu, no paraíso. Em algum lugar tudo isso deve contar de algo. Estou tremendo. Frio ou desespero? Um certo dia, em algum lugar li uma crônica que fala sobre o fazer falta. O “sinto sua falta” dizia a crônica, é um dos mais lindos elogios que alguém pode te dizer. Quer coisa mais linda do que fazer falta? Eu não sei se faço falta a alguém. Mas sei que digo aqueles que me fazem falta o quanto essa falta dói. E isso por mais humilhante que possa parecer (e acredite, algumas vezes realmente é!) também tem que valer de algo. Ai me lembro que também falava a crônica, dessa coisa de fazer falta. Da vontade que dá de ir embora, de chorar e de ir embora simplesmente, para que te acolham, para que sintam faltam. No fundo para saber se sua ausência se tornará uma falta ou apenas um espaço em branco. A gente não sabe, não da pra sumir apenas pra tentar fazer falta. A gente vai seguindo em frente, continuando, com fé, com dor. Esperando que algum dia, alguém nesse ciclo louco que é a vida, pare e pense no quanto você faz falta. No quanto algum momento com você foi tão forte que fez essa pessoa parar e escrever: “penso em você, sinto sua falta”. A gente continua esperando esses momentos, essas Pequenas palavras... "PENSO EM VOCÊ, SINTO SUA FALTA". Com amor...