quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Renuncia


A caridade está presente em quem se compadece e 
ora pelo  próximo, quando o mesmo se encontra em situação 
difícil, tendo que tomar atitudes mais que decisivas no intuito 
de um pouco mais de alívio, de refrigério para alma.

 à J.E.M.

Vanessa Teixeira

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Bússola



No silêncio "perfeito" encontra-se sempre a paz
Paz acompanhada de bons pensamentos que traz-me a necessidade de escrever
Vista que turva diante da lágrima que surge, projetando-se em direção ao papel
Borrando a escrita de tinta azul, ainda fresca
As palavras percorrem pela folha sem linha, a deriva como um barco 
sem bússola na imensidão do mar azul.

Sigo sem rumo, e também à deriva, sem linhas que me acompanhem
Diante desta gota, apenas vejo o imenso azul por onde devo seguir
Mas sigo firme e feliz!
Pois sei que a maior e melhor das Bússolas me acompanha
Bússola Perfeita, que mesmo que para todos você esteje em caminhos errados
Ela sempre nos conduzirá por trechos que pra nós serão perfeitos.
Assim, no tempo certo, chegando na praia. Praia tão desejada 
e de alegria; encontrarei toda a felicidade que me foi sempre almejada.

Vanessa Teixeira

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Amar-te quero, oh amor !


Quando a estrela maior alcança o auge de sua existência
Ouço de leve a sinfonia do beija-flor cortando o vento
Trazendo em seu beijo o néctar onde me deleito, me satisfaço.

Nas curvas que a vida me impõe, encontro-me perdida nesta ilha
Ilha chamada solidão, que me faz viajar por mares revoltos e inquietantes

Na imensidão do amor mergulho em águas mornas que já não me banham mais
Trazendo-me a fúria remota e momentânea das incertezas que o tempo me doou
Desordenados sentimentos crescem, como as ondas que num instante findarão..

Num longínquo bem distante, até a linha onde minha vista alcança
Prefiro acreditar que vejo o lindo verde do mar, trazendo nas mesmas ondas
a esperança de novamente poder amar.

Vanessa Teixeira

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Assalto


Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, 
inquieta na minha comodidade. 
Pinto a realidade com alguns sonhos, e transformo alguns sonhos em cenas reais. 
Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo uma lágrima.

Amo mais do que posso, e por medo, sempre menos do que sou capaz. 
Busco pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada. 
Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto mais. 
Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo. 
Nem eu sou o que penso que eu sou. 
Nem nós o que a gente pensa que tem.

Prefiro as noites porque me nutrem na insônia, 
embora os dias me iluminem quando nasce o sol. 
Trabalho sem salário e não entendo de economizar. 
Nem de energia. Esbanjo-me até quando não devo e, 
vezes sem conta, devo mais do que ganho. 
Não acredito em duendes, bruxas, fadas ou feitiços. Não faço simpatias. 
Mas, oro pra algum anjo 
de plantão e dedico minha fé no Deus do otimismo. 
Quando é impossível, debocho. Quando é permitido, duvido.

Não bebo porque só me aceito sóbria, Escrevo pra enganar a ansiedade 
e não aposto em jogo de cartas marcadas. 
Penso mais do que falo, e falo muito, nem sempre o que você quer saber, eu sei. 
Gosto de cara lavada, exceto por um traço preto no olhar; pés descalços, nutro uma estranha paixão por 
fotografias velhas e sinto falta de uma tatuagem no lado esquerdo das costas.
Mas há uma mulher em algum lugar em mim que usa caros perfumes, 
sedas importadas e brilho no olhar, quando se veste em sedução.

Se você perceber qualquer tipo de constrangimento, não repare, 
eu não tenho pudores, mas tão raro, sofro de timidez. 
E note bem: não sou agressiva, mas defensiva. Impaciente onde você vê ousadia. 
Falta de coragem onde você pensa que é sensatez.

Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu 
esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. 
Estranhos desertos, e ignorando todas as regras, 
todas as armadilhas dessa vida urbana, dessa violência cotidiana, 
se você me "assalta", eu reajo.