segunda-feira, 25 de julho de 2011

Rótulo



Se é magra demais, não serve. Se é baixinha, ela não te alcança. Se é alta, fica feio. Se é gostosa, é fútil. Se não tem peito e bunda, é reta. Se é nerd, é chata. Se não é estudiosa, é burra. Se tem ídolos, é infantil. Se não tem, nunca vαi ser nada, porque não tem em quem se espelhar. Se fala “eu te amo” toda hora, é falsa. Se não fala “eu te αmo”, é fria. Se é fechada, é sem papo. Se aproxima, fala demais. Se sorri demais, é mentira. Se chora demais, é exagero. Se é rica, é metida. Se é pobre, é coitada. Se é engraçada, quer se mostrar. Se é quieta, é sem graça. Se beija demais, não sabe se respeitar. Se não beija todo mundo, é idiota. Se tem tatuagens/piercings, é revoltada. Se não tem, é sem personalidade. Se ultrapassa αs regras, não tem postura. Se não ultrapassa, é certinha. Se não fala, é antipática. Se fala, está afim. Nada vai estar bom para a sociedade. Então, seja o que você quiser. Quem lhe ama lhe completará.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Ser designer é...


Ter o despertador para avisar a hora de ir dormir, e não a hora de acordar;
ter uma dieta a base de café, Coca-Cola e Red Bull;
ter fones de ouvidos quase implantados na sua cabeça;
tomar café da manhã, almoço e janta ao mesmo tempo;
ver os amigos dizerem “Que bonito isso!” mas não entenderem o conceito;
refazer um job pois ninguém entendeu o conceito;
ter mais fotos de coisas do que de sua família;
saber usar o Photoshop, Illustrator, InDesign e Dreamweaver 
mas não entender como rodar o Excel;
comprar revistas de R$ 50 mas não ter tempo de ler;
não conseguir olhar para qualquer coisa gráfica 
sem tentar melhorá-la na sua cabeça;
não conseguir andar pelo shopping sem criticar embalagens de produtos;
ouvir sua avó lhe apresentar orgulhosamente como “artista” para amigos;
ter sua mãe achar que você trabalha com computadores;
ser confundido como “técnico em informática” pois “
você passa muito tempo na frente daquele tal computador”;
cobrar o cliente constantemente o layout  e materiais 
para não estourar o cronograma;
ter o cliente demorar para enviar o layout e materiais e depois 
reclamar que você está estourando o cronograma;
terminar o projeto após 3 meses e 20 rodadas 
de aprovação para o cliente dizer 
“não sei…acho que não ficou muito legal”;
passar metade do projeto convencendo o 
cliente que você sabe o que está fazendo;
passar a outra metade do projeto explicando ao 
cliente que você está cobrando pelo seu conhecimento;
ter alguém dizer “Meu sobrinho também faz dizáin“. 
E quando questionado sobre em qual período ele se encontra, escutar um 
“Tá terminando o Ensino Médio”;
acordar se sentido um “garoto de programa” pensando em duas coisas: 
1) você precisa parar com isso. 
2) você precisa cobrar mais caro por isso;
passar metade da vida falando pra todo mundo que “logomarca” não existe;
desistir de ensinar a todo mundo que “logomarca” não existe;
estranhar aquela luz amarela no céu quando você 
finalmente sai de casa durante o dia;
ter que explicar a um cliente que uma gráfica não imprime 
uma imagem JPG com resolução de 72dpi e em RGB para fazer um outdoor;
ter que explicar ao cliente o que é JPG, dpi, RGB e “cêmique“ (CMYK);
ter que explicar que Pantone não é aquele pão com frutas cristalizadas 
que vendem no natal; acordar dia após dia, sabendo que essas coisas nunca 
vão mudar e mesmo assim pensar: “Eu não me vejo fazendo nada melhor na vida. 
"Amo tudo isso” ♥