quarta-feira, 4 de junho de 2014

Memórias


Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam as lembranças e deixam deles pedaços em mim.
Permanecem os contatos e as saudades,
As boas memórias de dias vividos.
Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam alguns cheiros preservados, como o do cachecol enrolado.
Permanecem os flashes de olhares e sorrisos,
As boas memórias das mãos entrelaçadas.
Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Fica, no gelo dos lençóis de hoje, a lembrança do calor de outrora.
Permanecem guardados os e-mails e cartões,
As boas memórias do anelar das paixões.
Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam seus nomes, suas vozes.
Permanecem no armário os vestidos de noite,
As boas memórias do rodopiar nos salões.
Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam sós, ou mesmo acompanhados.
Permanecem no tempo dos dias vividos,
As boas memórias jamais nos deixarão.
Vão-se os amores, mas nem tanto assim.
Ficam esquecidas as brigas, as rusgas.
Permanecem distantes os dias ruins.
As boas memórias são as únicas que mantenho em mim.

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