segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Silêncio; Essa solidão precisa...


A minha cabeça está em tormenta, mas não verbalizo.
Ou melhor, verbalizo mas não conto.
Se lhe contasse, talvez não compreendesses.
Talvez por isso escrevo contos que ninguém entende...
Mas a cabeça é o que pesa. Pesa o tanto que pensa e
De tanto pesar e pensar, dói.
Traço, mal traçadas palavras que não conduzem minha
Inquietação por caminhos mais amenos.
Continuo pisando nas mesmas pedras que não consigo tirar
Do meu caminho.
Essas palavras são tão repetitivas....
As palavras escondem-se de mim atrás de palavras que eu
Não sei dizer, ou que não entendo.
Eu pego o ônibus lotado, o metrô lotado, a cabeça lotada e a vida vazia..
Não estou lá, estou longe e nem sei onde.
Estou perdida entre “se’s” que me assombram ao monte de pretéritos
[imperfeitos?] que eu penso: falasse, agisse, soubesse, tivesse, mudasse..
Palavras tão confusas...
A cabeça pesa o tanto que pensa, mas em silêncio,
Porque esse silêncio é tudo que essa solidão precisa!






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